Paraná tem crescente procura por energia solar
Mais adeptos ao sistema deve-se a sustentabilidade da fonte e possibilidade de economia de até 90% na conta de luz
Foto: Prefeitura Municipal de Curitiba
Notícia: Portal Solar
O Paraná é o quarto estado brasileiro no ranking de geração solar distribuída, responsável por 10,9% de toda a potência instalada, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). O uso da tecnologia pode gerar uma redução de aproximadamente 90% na conta de luz.
“Depende do caso, mas a economia parte de 60% e pode chegar a até 95%. Para residências, o investimento médio é de R$ 15 mil, com prazo de retorno de três anos e meio a cinco”, destaca Rudnei Ciulei, gerente da Ilumisol – franquia de instalação “de sistemas de energia solar, que possui unidade em Castro, no Paraná, e atua em toda a região.
A vantagem é ser uma energia limpa, sustentável e com ótimo retorno econômico. “Não é possível zerar a conta devido ao pagamento de taxa mínima pelo custo de disponibilidade da rede da distribuidora, mas se comparada a conta de luz que tem suas bandeiras aumentadas frequentemente a redução é considerável”, lembra ele.
Em novembro, por exemplo, a bandeira estava vermelha no patamar 1, com custos entre R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh. “Estamos observando uma procura muito grande nas cidades da região, até por conta de o preço de instalação e dos equipamentos da energia fotovoltaica ter reduzido, pela facilidade de instalação e pelas linhas de crédito para financiamento terem sido facilitadas”, conta o gerente da empresa especializada, destacando que o prazo médio de todo o processo instalação gira em torno de 45 a 60 dias – incluindo desde o projeto até o pós-venda.
Apesar disso, estão em discussão na Aneel propostas relacionadas a mudanças da regulamentação para a geração distribuída no Brasil. Conforme alerta a ABSOLAR, as alterações podem elevar o retorno do investimento da instalação dos sistemas de energia fotovoltaica. “A quem interessa inviabilizar a energia solar na geração distribuída? Certamente, não aos consumidores brasileiros. A proposta desequilibrada, que foi colocada em debate, pode onerar em até 60% a energia renovável gerada pelo cidadão nos telhados, fachadas e pequenos terrenos”, comenta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da entidade.
Segundo a ABSOLAR, os benefícios incluem a esfera socioeconômica, como a redução de gastos com energia elétrica para a população, empresas e governos, trazendo economia para a sociedade. Além disso impulsionam a geração de empregos locais, estimados em de 25 a 30 novas vagas por MW/ano; e a atração de capital externo e novos investimentos privados no país.
Já no âmbito ambiental são destacados a geração de eletricidade limpa, renovável e sustentável, sem a emissão de gases de efeito estufa, sem resíduos, com baixo impacto ao meio ambiente.
A energia solar fotovoltaica também tem grande importância estratégica, promovendo a diversificação da matriz elétrica brasileira ajudando na segurança e no suprimento de energia elétrica.
Essa diversificação ajuda na redução de perdas e postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alivia a demanda elétrica em horário diurno, reduzindo custos aos consumidores.